A música é parte integrante da nossa vida, ela é nossa criação quando cantamos, batucamos ou ligamos um rádio ou TV. Hoje a música se faz presente em todas as mídias, pois ela é uma linguagem de comunicação universal, é utilizada como forma de “sensibilizar” o outro para uma causa de terceiro, porém esta causa vai variar de acordo com a intenção de quem a pretende, seja ela para vender um produto, ajudar o próximo, para fins religiosos, para protestar, intensificar noticiário, etc.
A palavra música deriva do grego Mousikē, que significa "a arte das musas" e pode ser definida como a arte de organizar sensível e logicamente uma combinação coerente de sons e silêncios. A música pode ser dividida em três partes: harmonia, melodia e rítimo.
Acredita-se que a música tenha surgido há 50.000 anos, onde as primeiras manifestações tenham sido feitas no continente africano, expandindo-se pelo mundo com o dispersar da raça humana pelo planeta.
Na pré história, por exemplo, o ser humano produzia uma forma de música que lhe era essencial, pois era na arte que o ser humano encontrava campo fértil para expressar seus desejos, medos e outras sensações que lhe fugiam a razão. O instrumento musical mais antigo que se tem registro, é uma flauta de osso que data de 60 000 a.C.
Na bacia mesopotâmica, os sumérios utilizavam em sua liturgia hinos e canto salmodiados. Na mesopotâmia, há cerca de 3 000 há a presença de liras e harpas.
Lira suméria
A cultura egípcia, por volta 4 000 a.C, alcançou um nível elevado de expressão musical, onde em suas cerimônias religiosas as pessoas batiam discos e paus uns contra os outros, utilizavam harpas, percussões, flautas e também cantavam. Também era costume militar o uso de trompetas e tambores nas solenidades oficiais.
Já na Ásia, há 3 000 a.C, a música se desenvolveu com expressesão na Ìndia e China. Os chineses acreditavam no poder mágico da música. A cítara era o instrumento mais utilizado pelos chineses. Já na Índia, por volta de 800 a.C. a música era considerada extremamente vital. Os indianos possuíam uma música sistematizada em tons e semitons, e não utilizavam notas musicais, cujo sistema denominava-se “ragas”, que permitiam o músico utilizar uma nota e exigia que omitisse outra.
A teoria musical só começou a ser desenvolvida durante o século V. Na Grécia a representação músical era feita com letras do alfabeto formando tetracordes (quatro sons) com essas letras. Foram os filófos gregos que desenvolveram a teoria musical mais elaborada da antiguidade. Pitágoras acreditava que a música e a matemática formavam a chave para o segredo do mundo, que o Universo cantava e isso justificava a importancia da música na dança, na tragédia e nos cultos gregos.
Durante a Idade Média, a igrejja ditou as regras culturais, sociais e políticas de toda a europa e, isso envolvia a produção musical. A música monofônica (com apenas uma linha melodica) é a mais antiga que conhecemos, denominada de Cantochão, porém a múscia mais utilizada nas cerimônias católicas era o canto gregoriano. O canto gregoriano foi criado antes do nascimento de Jesus Cristo, pois ele era cantado nas sinagogas e países do Oriente Médio. Por volta do século VI a Igreja Cristã fez do canto gregoriano elemento essencial para o culto. O nome é uma homenagem ao Papa Gregório I (540-604), que fez uma coleção de peças cantadas e as publicou em dois livros: Antiphonarium e as Graduale Romanum. No século IX, começa a se dwesenvolver o Organum, que são as primeira músicas polifônicas, com duas ou mais linha melodicas.
A música renascentista data do século XIV, época em que os artistas pretendiam criar uma música mais universal, buscando se distanciar das práticas da igreja. Havia um encantamento pela sonoridade polifônica, pela possibilidade de variação melódica. A polifonia valorizava a técnica que era desenvolvida e aperfeiçoada, característica do Renascimento. Neste período, surgem as seguintes músicas vocais profanas: a Frótola e o Lied alemão, o Villancico e o Madrigal italiano. O Madrigal é uma forma de composição que possui uma música para cada frase do texto, usando o contraponto e a imitação. Os compositores escreviam madrigais em sua própria língua, em vez de usar o latim. O madrigal é para ser cantado por duas, três ou quatro pessoas. Um dos maiores compositores de madrigal elisabetano foi Thomas Weelkes.
No século XVII surgiu a música barroca, um estilo onde a música tem conteúdo dramático e muito elaborado. Nesse período estava surgindo a ópera musical. Na França os principais compositores de ópera eram Lully, que trabalhava para Luis XIV, e Rameau. Na Itália, o compositor “Antonio Vivaldi” chega ao auge com suas obras barrocas, e na Inglaterra, “Haëndel” compõe vários gêneros de música, se dedicando ainda aos “oratórios” com brilhantismo. Na Alemanha, “Johann Sebastian Bach” torna-se o maior representante da música barroca.
Jean-Baptiste Lully
Antonio Vivaldi
Johan Sebastian Bach
A música clássica é o estilo posterior a música barroca. Esse período é marcado pelas composições de Hadyn, Mozart e Beethoven. Nesse momento surgem novidades como a orquestra que toma forma e começa a ser valorizada. As composições para instrumentos, pela primeira vez na história da música, passam a ser mais importantes que as compostas para canto, surgindo a “música para piano”. A “Sonata”, que vem do verbo sonare (soar) é uma obra em diversos movimentos para um ou dois instrumentos. A “Sinfonia” significa soar em conjunto, uma espécie de sonata para orquestra. A sinfonia clássica é dividida em movimentos. Os músicos que aperfeiçoaram e enriqueceram a sinfonia clássica foram Haydn e Mozart. O “Concerto” é outra forma de composição surgida no período clássico, ele apresenta uma espécie de luta entre o solo instrumental e a orquestra. No período Clássico da música, os maiores compositores de Óperas foram Gluck e Mozart.
Joseph Hadyn
Wolfgang Amadeus Mozart
Christoph Willibald Gluck
Enquanto os compositores clássicos buscavam um equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade, os compositores do Romantismo pretendem maior liberdade da estrutura da forma e de concepção musical, valorizando a intensidade e o vigor da emoção, revelando os pensamentos e sentimentos mais profundos. É neste período que a emoção humana é demonstrada de forma extrema. O Romantismo inicia pela figura de Beethoven e passa por compositores como Chopin, Schumann, Wagner, Verdi, Tchaikovsky, R. Strauss, entre outros.
Frédéric Chopin
Robert Schumann
Richard Wagner
Giuseppe Verdi
Piotr Ilitch Tchailkowsky
A música modernista refere-se à música escrita tradição europeia (ou música clássica), desenhada aproximadamente entre 1910 e 1975. Foi precedida pela música do Romantismo e pós-Romantismo, e sucedida pela música clássica contemporânea. O momento exato em que o modernismo terminou e a música contemporânea começou, ainda é uma questão de debate entre os especialistas. Às vezes a música modernista é equiparada à música do século XX, embora a última cubra um tempo cronológico em vez de um período estético. A música modernista é baseada nos valores filosóficos e estéticos do modernismo, cujo princípio principal é a ruptura com a tradição e a inovação permanente. Devido a isso, está intimamente ligado à vanguarda. Ao contrário de períodos anteriores, praticamente todos os compositores deste período participaram em vários movimentos musicais diferentes, simultaneamente ou em etapas. Alguns nomes do modernismo que podem ser citados são Debussy, Ethel Smith, Lili Boulanger, Kaija Saariaho, Arnold Schoenberg e Igor Stravinski.
Claude Debussy
Ethel Smith
Lili Boulanger
Igor Stravinski
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