CREEPYPASTAS BIZARRAS

    Histórias de terror que se espalham pela internet como fogo em palha seca. Creepypastas são criadas e divulgadas em fóruns pela internet, podendo ter base em acontecimentos reais ou ser totalmente criada. Essas ficções têm o objetivo de amedrontar os leitores, mas nem sempre dá certo. (O autor da postagem não se responsabiliza pela (falta de) qualidade das estórias)

     - Duas faces

        Você chegou em casa do treino. Está cansado, suado e precisa urgentemente de um banho. Então você vai ao banheiro, tira a roupa e se joga embaixo do chuveiro. Rapidamente o vidro do espelho e do boxe se embaça – até aí normal, certo? Certo. Porém, aqui vai uma dica: se você começar a ouvir uma melodia estranha, baixinha e lenta (e até mesmo tranquilizante), está na hora de ligar o alerta vermelho. Você pode fazer qualquer coisa – cantar, gritar, dançar –, exceto tentar descobrir que diabo está acontecendo. Afinal, é disso que se trata a creepypasta de Duas Faces.Se você ouve a música e tenta ver o que está do outro lado do boxe, provavelmente verá um vulto. Durante um segundo, você pode até pensar que se trata de sua mãe – será que ela veio pegar a toalha de rosto pra lavar? Torça para não estar errado, pois, se você ver o vulto, provavelmente passará a mão no boxe para desembaçar o vidro e ver que realmente está ali…e, provavelmente, no segundo seguinte, estará cara a cara com uma velha, cuja pele do rosto estará descolando: ela sussurrará “duas faces” e, no instante seguinte… Tudo escuro. Você terá desmaiado, sofrido choques térmicos ou paralisia facial. Tudo bem, em alguns casos é reversível. Mas se o seu não for… Bem, sinto muito.Se você passou pela experiência e está aqui para contar a história, não fique muito animado. O que se diz sobre a velha que aparece é que ela foi atrás de você por um único motivo: precisa de uma nova face. Se ela não conseguiu a sua de primeira, tentará outras vezes. Não se admire se continuar a ouvir a melodia estranha sair pelo ralo de seu banheiro, ou se ver o vulto da velha sempre que for escovar os dentes. Ela estará à espreita até conseguir o que tanto quer. 

    - Suicídio do Lula Molusco

        "Eu trabalhava de estagiário nos Estúdios Nickelodeon há mais ou menos 1 ano, para minha formação em Animação. Não era paga, é claro, mas a maioria dos internos também não eram: isso serviu de impulsão para minha carreira. Para os adultos, pode não significar muita coisa, mas a maioria das crianças se matariam por um emprego assim, mesmo que não remunerado. Desde que eu comecei a trabalhar diretamente com os editores e animadores, eu recebia um "prévia" dos novos episódios, alguns dias antes de eles irem ao ar.

        A nova temporada estava demorando demais por razões que ninguém conseguia explicar. Havia um problema com o lançamento da quarta temporada, o que deixou a maioria da equipe longe por vários meses.

        Dois outros estagiários e eu fomos levados à sala de edição junto com os animadores e editores de som para algumas edições finais. Recebemos a cópia do que supostamente seria "Fear of a Krabby Patty (Medo de um Hambúrguer de Siri)", e fomos conduzidos à tela para assistir. Por vezes, os animadores colocavam uma fita de título subersivo (era uma piada interna), por exemplo, "How Sex Doesn’t Work" em vez de "Rock-a-by-Bivalve", o episódio em que o Bob e o Patrick adotam um filhote de ostra. Não havia nada particularmente divertido, exceto por algumas piadas relacionadas ao trabalho. Até que vimos uma fita com o nome "Squidward's Suicide", não fizemos nada além de uma risada doentia. Um dos internos até deu uma gargalhada. A música alegre de abertura tocava normalmente.

        A história começa com Lula Molusco praticando com sua clarineta, tocando algumas notas ruins e azedas, como é de costume. Ouvimos o Bob Esponja rir de longe, e o Lula parou. Ele gritou com Bob e disse que teria um concerto aquela noite: precisava praticar. Bob obedece e vai até a casa da Sandy com o Patrick. As bolhas de uma cena para outra aparecem e vemos o fim do concerto do Lula Molusco. Aí que as coisas começam a ficar bizarras. Enquanto tocava, alguns frames começavam a se repetir sozinhos, mas o som não saía (nesse ponto, o som era para começar junto com a animação, então sim, não era algo normal). Quando ele parou, o som continuou normalmente como se aquela repetição nunca houvesse ocorrido. Houve um pequeno murmúrio na platéia, antes de todos começarem a vaiá-lo. Mas não era um "buu" comum de desenhos infantis, poderia facilmente ouvir-se malícia nisso. O Lula estava na tela toda e seu estado estava visivelmente assustado. Há um "close" na platéia, onde observamos Bob Esponja em seu centro. Ele também estava vaiando, o que não é muito comum. Isso não é, de longe, a coisa mais estranha. O mais esquisito, é que todos tinham olhos hiper realistas. Eram muito, muito detalhados. Não eram recortes de olhos de pessoas normais, mas algo bem mais realista que Animação em CGI. As pupilas estavam marcadas. Alguns de nós nos entreolhamos, obviamente confusos, mas como não éramos os escritores, não questionamos nada... ainda.

        A cena vai para Lula Molusco sentado na ponta da cama, parecendo muito desapontado e desesperançoso. A imagem na sua janela mostrava que era noite, então não fazia muito tempo que o concerto havia terminado. Nesse momento não tinha som. LITERALMENTE, não tinha som. Não ouvíamos nada, além de poucos sussurros na sala. Era como se os falantes estivessem desligados, embora o mostrador mostrasse que eles funcionavam perfeitamente. Ele estava simplesmente sentado lá, piscando, em silêncio a quase 30 segundos, até que começou a soluçar baixinho. Ele pôs seus tentáculos sob os olhos e chorou por volta de 1 minuto, o som de fundo lentamente crescia, era algo que mal se podia ouvir, como uma brisa na floresta (só que bem mais "creepy" que isso).

        A tela lentamente deu um zoom em seu rosto. Mas LENTAMENTE eu quero dizer, você apenas notava o zoom 10 segundos depois de ele ter começado. Seu soluço ficou maior e cheio de dor, agonia e raiva. A tela começou a se contrair por alguns segundos e depois voltava ao normal, como se estivesse viva. O som "além-das-árvores" ficava vagarosamente mais intenso e severo, como se uma tempestade estivesse vindo de lugar nenhum. O mais assustador de tudo era o soluço do Lula, parecia real demais, como se não viesse dos alto-falantes, mas de algum ponto de dentro, ou mesmo de fora da sala. A qualidade do som era tão surpreendente, que não precisaria de bons equipamentos para ouvirmos tão bem.

        Abaixo do som do vento e do soluço fantasmagórico, algo soava como se estivesse rindo. Isso vinha em esquisitos intervalos e nunca duravam mais de um segundo, você tinha que se concentrar bastante para ouví-lo. Depois de 30 segundos disso, a tela embaçou e começou a contrair violentamente ao passo que flashes saíam da tela - era como se uns poucos frames estivessem corrompidos. O líder editor parou e rebobinou frame a frame, o que vimos foi HORRÍVEL. Era a foto de uma criança morta que não deveria ter mais de 6 anos. Seu rosto estava em carne-viva havia sangue por todo lado, seu olho esquerdo estava fora das órbitas, pendendo sobre o rosto ao avesso. Ele estava nú a não ser por uma roupa de baixo, seu abdomem aberto, com os órgãos à mostra. O lugar era alguma rota pavimentada (provavelmente sofreu um atropelamento). O mais entristecedor era a sombra do fotógrafo, claramente vista por todos. Não havia marcas de pneus, nem nenhuma outra evidência, era quase como se o fotógrafo fosse o responsável pela morte da criança;

        Estávamos, claro, abismados, mas continuamos assistindo, rezando para que fosse mais uma piada doentia. A tela voltou ao Lula, ainda soluçando. Um soluço mais poderoso que o anterior, mostrando apenas metade do seu corpo, as mãos no rosto e sangue saindo de seus olhos. O sangue era outra coisa hiper-realista, parecia que você poderia tocá-lo com os dedos. O que soava agora, era como uma tempestade na floresta. Havia até o som de alguns galhos quebrando. A risada, profundamente subversiva, vinha e ia com mais frequência. Depois de quase 20 segundos, a tela novamente embaçou e se mexeu violentamente. O editor estava hesitante em voltar a fita, assim como nós, mas todos sabíamos que ele tinha que fazê-lo. A foto desta vez era de uma garotinha um pouco mais velha que o menino anterior. Ela estava deitada, com uma poça de sangue próxima a ela. Seu olho esquerdo também havia sacado e ela estava nua, a não ser novamente pela roupa de baixo. O corpo estava na estrada e a sombra do fotógrafo era visível, muito similar ao primeiro. Todos estavam quase catatônicos, um vomitou e a única mulher na sala correu.

        O show foi retomado. 5 segundos depois que a segundo foto foi mostrada, todo o som parou, da mesma forma que aconteceu quando a cena começou. Ele tirou os tentáculos dos olhos, os quais eram hiper realistas como os dos outros no início do episódio. Eles estavam sangrando e pulsando. Lula encarava a tela como se estivesse observando o telespectador. Depois de 10 segundos, ele começou a soluçar e cobrir os olhos novamente. O som voltou, agora mais assustador do que nunca: seu soluço estava misturado com gritos insanos. Lágrimas e sangue estavam caindo de seus olhos muito mais que antes. O vento voltou e então, o som de uma risada profunda. A próxima sequência de contrações começaram, e editor estava pronto para pará-la antes de terminar, ele rebobinou. Desta vez, a foto era de um garoto, na mesma faixa etária que os anteriores, mas a cena era diferente: suas entranhas estavam sendo puxadas por uma mão enorme e seu olho direito pendendo sobre o rosto coberto em sangue. O animador prosseguiu. É difícil de acreditar, mas as próximas cenas eram mais chocantes e intensas que as anteriores, eu nem posso descrevê-las. Fomos seguindo e seguindo, assistindo quase sempre a mesma coisa. Chegou a um ponto em que eu perdi o controle e vomitei. Os outros estavam tossindo e com lágrimas nos olhos. Então chegamos um ponto crucial: alguns frames eram diferentes dos outros, exatamente 5. Cada frame era uma sequencia da foto anterior. Vimos lentamente a mão chegar perto dos olhos e então arrancá-los. O editor ordenou que aquilo parasse e mandou que chamássemos o criador, pessoalmente, para ver aquilo. o Senhor Hillenburg chegou depois de 15 minutos. Ele estava muito confuso do porquê o chamaram ali, então o editor continuou o episódio.

        Depois que os 5 frames foram mostrados, todos os gritos e todo o som novamente parou. Lula estava encarando o espectador, seu rosto inteiro na tela, por quase 3 segundos. Rapidamente tudo ficou escuro e uma voz profundamente insana disse "DO IT". A próxima coisa que vimos foi uma arma (shotgun) nas mãos do Lula Molusco. Imediatamente colocou o cano na boca e puxou o gatilho. Sangue hiper-realista e restos de massa encefálica chocaram-se com a parede, Lula foi jogado para trás com força. Os últimos 5 segundos mostraram o personagem desfigurado deitado na cama, com um dos olhos pendendo, olhando fixamente para a tela. O episódio acabou.

        O Senhor Hillenburg estava, obviamente, zangado com isso. Ele ordenou que todos explicássemos o que diabos estava acontecendo. A maioria das pessoas já havia deixado a sala, nesse momento, então tivemos que apenas assistir tudo de novo. Só de pensar em assistir tudo novamente, me causou náuseas e pesadelos. Desculpem, eu saí.

        A única teoria que podíamos pensar era que alguém invadiu o estúdio e editou o arquivo. A polícia foi chamada para analisar o que estava acontecendo. A análise mostrou que aquilo realmente foi editado, mas o contador-de-tempo da edição era de meros 24 segundos antes de começarmos a assistir. Todo o equipamento envolvido foi examinado pela perícia. Potentes programas procuraram por erros (glitches) - como o do contador de tempo que, certamente, estava errado - mas tudo que foi checado estava bem. Não sabíamos o que estava acontecendo, na verdade, nesse dia ninguém sabia. Houve uma investigação para saber a natureza das fotos, mas nada foi concluído. Nenhuma criança foi indentificada, nenhum acidente (ou homicídio) com as características. Nenhuma prova ou evidência. Nada. Eu não acreditaria em tal fenômeno se eu não estivesse lá."

    - Obedece a la morsa

        Um macabro vídeo surgiu na internet em 2007. Diziam que ele continha mensagens subliminares de uma suposta organização satânica de travestis ou transexuais chamado The Walrus que “tentaram” propagar estas mensagens.

        O vídeo acima usa trechos de um filme produzido em 1994, chamado “The Goddess Bunny“, digirido por Nick Bougas, e que explora o cenário gay do underground de Los Angeles. Acompanha a vida da dançarina chamada Goddess Bunny (Johnnie Baima), muito famosa no cenário underground. O que fizeram foi adicionar uma música e efeitos sonoros para criar o “Obedece a La Morsa”

        A vida de Johnnie Baima, drag queen que estrela o vídeo, é bem triste. Nascido em 1960, sofreu de poliomielite, e para piorar, recebeu um tratamento negligente e irresponsável dos médicos, que implantaram uma haste de aço na sua coluna vertebral, a fim de fortalecê-la, mas o efeito foi o contrário, a haste afetou sua postura e crescimento, deixando-o com o andar esquisito. Foi abandonado pelos pais e sofreu abusos sexuais pelos lares adotivos que passou. Ele diz que, na adolescência, foi estuprado por uma gangue de adolescentes. Quando cresceu, Baima começou a trabalhar como Drag Queen em Los Angeles, com o nome de Sandy Crisp, e começou a ganhar popularidade no meio gay e transgênero de Hollywood.

        A fama underground chamou a atenção do diretor Nick Bouga, que produziu um filme independente sobre a vida de Johnnie Baima, que mudou seu nome novamente e agora passou a ser chamado de Goddess Bunny.

    - Foto do celular

        “Anos atrás, a prima do meu amigo (uma mãe solteira) ganhou de aniversário um novo celular. Após um longo dia de trabalho ela pôs seu celular na mesa e começou a assistir TV, quando, após vir do colégio, seu filho veio a ela e perguntou se ele poderia brincar com o aparelho novo. Ela permitiu, mas disse a ele que não ligasse para ninguém ou mandasse mensagens de texto, ao que ele imediatamente concordou.Por volta das 11:20 da noite, quando ela se cansou de assistir TV, decidiu chamar seu filho e ir dormir. Andou até o quarto dele, apenas para ver que ele não estava lá. Então foi para seu próprio quarto para achá-lo dormindo em sua cama com o celular na mão. Navegando por seu celular, ela percebeu apenas pequenas mudanças como um novo papel-de-parede, toque de chamada, etc. e navegou para a seção de fotos.Começou deletando as últimas fotos pegas até quando chegou à última imagem. Quando viu aquilo pela primeira vez, não pôde acreditar. Era seu filho, dormindo em sua cama, mas era como se a foto tivesse sido tirada por alguém além dele. Era a metade esquerda de algo que aparentava ser o rosto de uma mulher idosa.”

    - Existência

        Bem, o que relatarei aconteceu com uma ex professora minha de faculdade, aliás, pessoa que tinha uma visão muito abrangente e clara dos fenômenos que abrangem a pluralidade das existências. Esta minha professora sempre teve muita dificuldade para engravidar, chegando a fazer tratamentos diversos, mas nunca conseguiu, Até certo dia…

        Nos idos anos 90, ela descobriu-se grávida, fato confirmado em exame de sangue, logo nas 8 primeiras semanas gestacionais… A gestação trouxe muita alegria a ela e ao marido, mas trouxe junto um receio, um medo do tesouro tão esperado ser perdido devido às complicações naturais das gestações de maior risco.

        Devido este medo, apenas seu esposo e sua mãe ficaram sabendo da gravidez, e se comprometeram a guardar segredo até que esta estivesse difícil de esconder, devido ao crescimento uterino; porém, às vezes a vida prega surpresa. Duas semanas após, ocorreu o tão terrível abortamento, que foi um duro golpe para sua família…

        Após 18 meses, eles foram agraciados com uma nova gestação, que graças a Deus foi a termo, e originou uma menina linda, de nome Ana Júlia.

        Um belo dia, no momento com 6 anos de idade, a Ana chega para minha professora, e diz:

        – Mamãe, você teria tido outro filho antes de mim, né?

        A minha professora ficou bastante surpresa, afinal combinara com todos para que o assunto fosse enterrado, tamanha fora sua dor e decepção, e não queria que sua pequena soubesse desse tipo de assunto tão cedo, e assim, tentando descobrir quem era o (a) linguarudo (a), pergunta:

        – Quem te disse isso, Aninha?

        E a pequena responde:

        – Ninguém, mamãe… Não vim naquele momento porque eu não estava pronta.

    - Inferno na vila (fonte: Creepypasta Brasil)

        Chaves é a tradução para El Chavo del Ocho, mas com um pouco de pesquisa descobri que a tradução literal seria O Moleque do oito, o verdadeiro nome do personagem nunca foi divulgado, o nome "Chaves" foi somente uma adaptação brasileira a palavra Chavo, Moleque. Outra observação é que ele mora em uma casa que nunca foi vista nos episódios...

        Estes elementos já começam a dar um ar mais "estranho" ao programa. Outro fato a levar em consideração é a composição de espaço e de tempo no seriado, como se tudo ocorresse somente naquele ponto da vila sem distinção de tempo, isto é, não existe uma ordem cronológica entre os episódios e isto me fez lembrar uma interpretação do inferno da qual não me recordo o autor, esta interpretação diz, "O inferno seria uma cela pequena onde almas pecadoras são aprisionadas, atormentadas e obrigadas a conviverem juntas pela eternidade". Ora, esta interpretação encaixa perfeitamente no que eu buscava, e com um pouco mais de investigação, pude associar algumas coisas tornando minha pesquisa ainda mais estranha vejamos...

        Estes personagens interagem-se completamente inconsciente de sua condição, no espiritismo costuma-se dizer que quando uma pessoa morre, ela não se da conta que isso ocorreu, podemos então dizer que estes personagens na verdade estão mortos e foram para o purgatório (vila) onde serão atormentados, e lá o tempo e o espaço são infinitos, isso é comprovado pelas várias menções do número 8 na série, este número é uma representação antiga do infinito e é usado até hoje para representá-lo (o símbolo é um 8 deitado). Este número é usado, por exemplo, no nome do programa (El Chavo del Ocho).

        Os personagens devem ser atormentados e isso ocorre de modo muito sádico (talvez ai esteja a "magia" do seriado), eles buscam saciar a sede infinita provocada pelos seus pecados... Algo realmente diabólico se virmos por certo ângulo:

        Seu Madruga sempre está em busca de sossego devido a sua preguiça, porém NUNCA conseguirá o tal, é frustrante morar sozinho com sua filha barulhenta e problemática, e sempre que ela está longe, sua vizinha Florinda invade seu lar e muitas vezes o espanca sem motivo algum, sem contar que sua casa é a primeira a ser visitada pelo dono na vila que o cobra incansavelmente, devemos levar em consideração que para pagar uma dívida temos que ter dinheiro e para isso devemos trabalhar.

        Dona Clotilde é sem dúvida a mais vaidosa da vila, sempre de chapéu da cor do vestido e maquiagem, porém é também a mais assustadora e velha lhe garantindo o apelido de Bruxa, sua frustração é tanta, que sua paixão é o Seu Madruga, o mais humilde e velho da vizinhança que sempre a rejeita lançando sobre ela várias ofensas.

        O personagem Kiko entra numa espécie de paradoxo, é o menino mais rico da vila, porém o mais invejoso, o brinquedo de seus amigos mesmo sendo inferior sempre lhe parece mais interessante, quando tenta mostrar os seus, estes acabam quebrando levando-o a frustração, isso gera um ciclo vicioso de inveja.

        Já a dona Florinda, ao ver o professor Girafales, fica sexualmente atraída. Vemos que todas as vezes que trocam olhares, uma valsa soa e tudo no mundo some para eles, seus olhos se enchem de desejos e, logo, dona Florinda convida-o para entrar... Você não acha que eles querem só tomar um cafezinho não é mesmo? Porém sempre o Kiko os interrompe gritando o nome de sua mãe ou entrando em sua casa, nunca eles conseguem ficar a sós.

        O personagem "Chaves" por sua vez é extremamente guloso. Mesmo sendo pobre como aparenta, sua vontade de comer é maior do que realmente ele necessita. Uma pessoa com tal fome teria animo e energia para brincar, estudar e ser saudável? Seu caso é muito trágico, pois ele sempre assiste seus vizinhos comendo algo e não oferecendo, as vezes estes jogam seus alimentos fora...  O que acontece também é que sempre que ele consegue algum alimento acaba perdendo a comida.

        A personagem Chiquinha é pequena e frágil, mas vive gritando e fazendo escândalos, muitas vezes provoca brigas e atritos entre seus amigos e as outras pessoas na vila por puro sadismo. Sempre no final acaba sendo identificada como causadora dos problemas e é punida fisicamente, por ser pequena não consegue se defender e, portanto só lhe resta chorar.

        Seu Barriga mesmo com toda sua riqueza material sempre deseja ter mais, isto explica o fato dele ir com uma freqüência absurda a vila cobrar aluguel. Leve em consideração que em vários episódios o Seu Madruga deve exatos 14 meses, isso prova a ganância do dono da vila. O personagem também é de longe o que mais sofre fisicamente, sempre leva pancadas ao entrar na vila, enquanto permanece e quando sai... Muitas vezes suas roupas e pertences são destruídos fazendo com que o dinheiro que recebe nos aluguéis sirva para reparar os danos...

        Estes fatos nos fazem aceitar muito bem que os personagens são na verdade almas em um purgatório, pessoas que morreram e que agora estão pagando pelos seus pecados, cada uma com um pecado em particular.

        A ordem das coisas vai se explicando e com certeza tornando-se mais sinistra. Em 1589 o teólogo Peter Binsfeld, no livro “Binsfeld’s Classification of Demons”, estabeleceu que cada um dos sete pecados capitais possui um patrono infernal. Sintoma­tica­mente, Lúcifer, nome pelo qual muitos chamam satanás, gera a vaidade. Os outros são Asmodeu que gera a luxúria, Belzebu a gula, Mammon a ganância, Belphegor a preguiça, Azazel a ira e Leviatã a inveja. Não nos enganemos: eles rondam a vila. Aparecem circunstancialmente, para promover desordem, dor e tentação.

        Vimos em nossa comparação que, por exemplo, a Bruxa do 71 sofre com o pecado da vaidade, e ela possui um animal de estimação chamado Satanás que hora é um gato, hora um cão. Oposto ao paradoxo do coelho-pato de Jastrow, Wittgenstein e Thomas Kuhn, que servia ao desenvolvimento da razão, o gato-cão é uma representação do misticismo, o cão em “pessoa”.

        Da mesma forma podemos relacionar os personagens secundários a outros demônios Paty como Belzebu, Tia glória como Belphegor, Popis como Azazel, Madruguinha como Leviatã, Nhonho como Mamon e Hector Bonilla como Asmodeu.

        Vejam que estes demônios quando aparecem, trazem tormentas as respectivas almas que são associadas. Devem-se observar os detalhes, por exemplo, o episódio que aparece o cãozinho Madruguinha, seu dono Kiko, resolve lhe dar um banho, isso acaba molhando a vila toda, isto pode ser claramente associado a leviatã, que é um demônio aquático, da mesma forma que Hector Bonilla seria uma excelente representação de Asmodeu, que por sua definição é de uma criatura com três cabeças, uma de homem com hálito de fogo, uma de touro e uma de carneiro, símbolos de virilidade e fertilidade, seu poder é tão imenso, que é considerado a Arma de Lúcifer para derrotar o Messias. Ao aparecer causa muita discórdia na vila toda, principalmente entre Florinda e Girafales.

        Você pode comprovar a veracidades destas comparações observando mais atentamente os episódios da série.

        Outro personagem que deve ser considerado é o velho carteiro Jaiminho, este é talvez o único capaz de viajar entre os mundos, Paraíso, material e Inferno, e como prova disso ele sempre cita que vem de uma terra muito bonita e distante, desconhecida por todos chamada Tangamandápio, uma clara referencia ao paraíso, ele cita sua cidade como sendo tranquila bonita e grande, mas que esta não se encontra no mapa. Em suas raras visitas às vezes traz cartas de parentes distantes que estão vindo visitar/morar (como no caso da dona Neves), provavelmente são pessoas na terra a beira da morte que estão destinadas ao purgatório.

        Ao conceber a ideia de purgatório no Chaves, um frio na espinha veio junto do pensamento de que provavelmente eu não estaria somente vendo aquelas cenas sádicas, mas também participando delas. Há muito tempo assisto estes episódios e mesmo sendo repetidos sinto como se estivesse vendo-os pela primeira vez, não tenho vontade de mudar de canal, pois sempre me surpreendo com as mesmas piadas, isto me passa a sensação de tempo infinito, e é análogo ao seriado. Algo muito sinistro pode está acontecendo por traz de toda inocência. Como acontece muitas vezes em música, referências satânicas em letras ingênuas também podem está ocorrendo neste seriado, podemos não estar somente assistindo, mas ao mesmo tempo participando deste teatro cruel. Pode ser que a sensação de ver os episódios de Chaves seja a mesma sempre porque você é literalmente tele portado para o inferno (não seu corpo, mas sua mente). Ainda tenho muito que estudar sobre o assunto, mas a cada vez que procuro mais referências encontro mais motivos para não assistir mais o programa... 

    - Flappy Bird

        O sucesso estrondoso de Flappy Bird quase fez o criador do jogo surtar – em fevereiro, o desenvolvedor do viciante game publicou em seu Twitter que iria remover o game do ar; a declaração foi feita sem nenhuma justificativa. Há quem diga que a Dong Nguyen, desenvolvedora responsável pelo título, é fruto de uma seita satânica de nome “Devil Mate”. Hospedados pelas profundezas da Deep Web, os usuários avançados de internet devem realizar uma série de “tarefas” para atingirem determinado grau de status.

        O objetivo? Conseguir fama e dinheiro por meio das misteriosas forças da Devil Mate. Para que o progresso de novos membros seja feito, os rituais exigidos pela seita devem ser todos gravados em vídeo – beber o sangue de uma galinha preta ou comer o coração cru de um porco, por exemplo, são aparentemente algumas das formas de se “evoluir”. E é no nível 26 que este história começa: em um dos fóruns de discussão da seita, o usuário “Gnod” teria de dar o próximo passo rumo à “prosperidade”.

        Ao realizar a desconhecida tarefa e alcançar, então, o nível 27 junto à seita Devil Mate, Gnod recebeu um código criptografado. Por ser um usuário avançado, o programador logo se deu conta de quem instruções de um jogo para Android e iOS é que estavam encrustadas no código recebido. Se Gnod realizasse outro ritual e atingisse então o estágio de número 28, seu sucesso seria absoluto: teria sido este o momento de lançamento de Flappy Bird?

        É curioso mencionar que, ao contrário, o nick “Gnod” pode ser lido como “Dong” – coincidentemente o título que leva a desenvolvedora do jogo. Por que o desenvolvedor quis retirar Flappy Bird do ar sendo que problema legal algum foi notado? Pressão por parte da família, estresse? Não se sabe se Gnod tem de fato alguma relação com a Dong Nguyen.

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